quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Sühnopfer - Nos Sombres Chapelles (2010)



Conhecer Sühnopfer foi como um tesouro perdido cair em meu colo. Nunca tinha ouvido falar e devido seu nível underground não sabia muito o que esperar da qualidade musical. E já no primeiro instante da primeira faixa, cujo nome é o mesmo do álbum, minha boca foi ao chão e a felicidade em ouvir um Black Metal exemplar veio à tona.

Primeiramente a bateria. Ah! Ó grandiosa bateria. Elemento essencial que sempre foi de grande importância na música para mim, é do melhor jeito que podia ser nesse álbum:  aloprada, rápida, técnica e muito bem gravada. Tenho a impressão que o único integrante da banda é baterista antes de ser qualquer coisa.  Antes mesmo de ser humano. Com certeza um plus que melhora mais ainda a qualidade do álbum.


Os riffs são melódicos e muito confortáveis de ouvir. Cito conforto por que vai ser difícil você ter ouvido algo parecido em outro lugar. Além de serem muito bons, eles fogem do comum. O melhor paralelo que se faz é com aquele típico estilo de melodia clássica francesa que temos em algum lugar guardado em nossa mente. Algo que pode ser encontrado talvez nas músicas do Pensées Nocturnes também. Sendo que prefiro o estilo de Sühnopfer, muito mais objetivo. Não entrarei no mérito de comparação, no entanto não consigo não relacionar algumas melodias semelhantes das duas bandas.

Os vocais exagerado, no melhor estilo Varg de ser, cabem como luva nas músicas. A atmosfera é completamente medieval e o álbum possui um flow invejável. O nosso amigo aqui se expressou muito bem nas músicas e contribuiu mais ainda para a cena conterrânea dele.

Sabe aquele sentimento confiante e sardônico do Black Metal francês que tanto vemos no Peste Noire? Encontramos aqui também e isso me faz sorrir. Pareço estar mergulhado em alguma cultura antiga.

Não tenho uma palavra se quer para dizer algo negativo sobre o álbum. Parece tudo muito perfeito, porém, após sucessivas ouvidas concentradas, tem sempre algo parecendo faltar. E tenho a impressão que é a falta de clímax nas músicas. Sendo que para mim os ápices são as partes que ele firula mais que o normal na bateria.

Espero que muitos aqui apreciem este álbum por que com certeza merece mais nossa atenção.


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